quinta-feira, 23 de junho de 2016

Guardar o sexo para o casamento ajuda a ter um casamento mais duradouro.

Um novo estudo confirma que noivas virgens possuem as menores taxas de divórcio


A virgindade recebe pouquíssimo espaço na imprensa ou nas telas nesses dias e isso é uma vergonha. Como um novo estudo americano confirma, a mulher que entra virgem em um casamento tem a melhor chance de permanecer casada por cinco anos – e provavelmente além disso. De fato, as chances do seu casamento durar melhoraram ao longo dos últimos 30 anos, da mesma forma que as taxas de divórcio para tais mulheres caíram de 11 por cento nos anos 1980 para 6 por cento nos anos 2000.

A razão possível para isso, diz o autor do estudo, o sociólogo Nicholas H. Wolfinger da Universidade de Utah, é a religião – aquele outro tópico não popular. Seus dados, coletados de três levantamentos do National Survey of Family Growth (Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar), mostra que as mulheres que casam virgens são muito mais propensas a frequentar a igreja pelo menos uma vez por semana. Infelizmente, há cada vez menos delas. Quatro décadas atrás, 21 por cento das noivas não tinham parceiro sexual anterior, mas por 2010 esse cenário caiu para 5 por cento, sendo a maioria mulheres religiosas.

(Por agora, você deve estar se perguntando, Ei, mas e quanto aos homens? Wolfinger explica que “o NSFG não possui dados completos sobre o comportamento sexual masculino pré-nupcial, e em todo caso, eles recordam suas próprias histórias conjugais de forma menos confiável que as mulheres.”)

Como você deve esperar, os próximos casamentos mais prováveis de durar são daquelas mulheres que tiveram apenas um parceiro sexual anteriormente – e na maioria dos casos, seus futuros esposos. Seus números, entretanto, caíram de 43 por cento nos anos 1970 para 22 por cento na década atual.

Fonte: NSFG, 2002-2013

As estatísticas dos anos 1970 podem nos surpreender, como fizeram a Wolfinger. Ainda que a revolução sexual estivesse bem encaminhada, ele observa, quase dois terços das noivas tinham no máximo um parceiro sexual antes de se casarem.
“Até mesmo nos anos 1980, pouco mais da metade das mulheres tiveram no máximo um parceiro sexual antes de caminharem ao altar. As coisas pareceram bem diferentes no começo do novo milênio.”
Pelos anos 2010, o número de noivas que tiveram vários parceiros sexuais subiu de forma significante. Aquelas que tiveram 10 ou mais parceiros foram de 2 por cento para 18 por cento. Como você poderia esperar, esse grupo possui as mais elevadas taxas de divórcio com cinco anos – mas apenas a partir de 2000. Antes disso, mulheres com dois parceiros antes do casamento tiveram as maiores taxas de divórcio – por volta de 30 por cento – em comparação com aquelas com mais parceiros.

Isso novamente é surpreendente, Wolfinger admite. Ele sugere um par de razões:

* Mulheres com dois parceiros sexuais anteriores devem ter alguma criança de outro relacionamento quando casam, e isso é conhecido por ter um “efeito negativo profundo na felicidade conjugal”, bem como traz um risco mais alto de divórcio.

* “Comparações mais enfáticas”:
“Na maioria dos casos, os dois parceiros sexuais pré-nupciais de uma mulher incluem seu futuro esposo e outro homem. Este segundo parceiro sexual é a prova em primeira mão de uma alternativa sexual para o esposo dela. Essas experiências sexuais convencem as mulheres que sexo fora do casamento é, de fato, uma possibilidade. O homem envolvido era mais propício a ter se tornado um parceiro no decorrer de um relacionamento sério - mulheres inclinadas a ter encontros sexuais terão tido mais que dois parceiros pré-nupciais – enfatizando assim a gravidade da alternativa. Claro, mulheres aprendem sobre a viabilidade do sexo fora do casamento, se elas têm múltiplos parceiros pré-nupciais, mas com vários parceiros, cada um representa uma menor parte da biografia sexual e romântica da mulher. Ter dois parceiros pode conduzir a uma incerteza, porém ter um pouco mais, aparentemente, conduz a uma maior clareza sobre o homem certo para casar. As chances de divórcio são menores com zero ou um parceiro antes do casamento, mas de maneira diferente, se relacionar com muitos parece ser mais compatível com ter um matrimônio duradouro.”
Bem, durando cinco anos, pelo menos. Mas isso deixa de ser o caso (estatisticamente) além de 10 parceiros: “muitos parceiros significam muita bagagem, a qual faz um casamento estável menos sustentável”. Wolfinger ainda especula sobre essa correlação, se é verdadeira ou falsa, e nota que a diferença entre esse grupo e o de mulheres com dois parceiros pré-nupciais, quando se trata de divórcio, não é significante.

O ponto principal, de qualquer maneira: “As chances de divórcio são menores com zero ou um parceiro pré-nupcial.”

Finalmente, Wolfinger nota que esses resultados permanecem substancialmente verdadeiros após a observação dos efeitos de outras características sociais e demográficas de mulheres. Alguns desses fatores, contudo, explicaram mais que outros:
“Além da religião, raça e família de origem explicam a maior parcela da relação de parceiros sexuais/divórcio. Mulheres caucasianas e Afro-americanas tiveram um comportamento sexual pré-nupcial semelhante, mas as latinas e membras da população do grupo “Outras” tiveram notavelmente menos parceiros sexuais e taxas de divórcio menores que as brancas ou negras. Similarmente, pessoas que cresceram sem ambos os pais tiveram mais parceiros e divorciaram mais. Dados psicométricos detalhados seriam necessários para explicar melhor a relação entre números de parceiros sexuais e estabilidade matrimonial.”
Talvez alguém possa concluir que o fator racial é largamente explicado pela estrutura familiar. Faz sentido que vir de uma família intacta dá proteção contra o divórcio à pessoa. E a prática religiosa torna essa proteção ainda mais forte. Isso não é surpresa, ainda que outros aspectos do estudo sejam.


Artigo do blog: MercatorNet

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