segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Contrato de Casamento



Uma amiga me enviou esse texto há um tempo atrás e gostei muito. É de autoria de Stephen Kanitz, que segundo a Wikipedia é brasileiro, conferencista e consultor de empresas.

O Contrato de Casamento


(Grifos meus)

Na semana passada comemorei trinta anos de casamento. Recebemos dezenas de congratulações de nossos amigos, alguns com o seguinte adendo assustador: "Coisa rara hoje em dia". De fato, 40% de meus amigos de infância já se separaram, e o filme ainda nem terminou. Pelo jeito, estamos nos esquecendo da essência do contrato de casamento, que é a promessa de amar o outro para sempre. Muitos casais no altar acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato.

Recentemente, vi um filme em que o mocinho terminava o namoro dizendo "vou sempre amar você", como se fosse um prêmio de consolação. Banalizamos a frase mais importante do casamento. Hoje, promete-se amar o cônjuge até o dia em que alguém mais interessante apareça. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro.

Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível. Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. A chance de você encontrar sua alma gêmea nesse curto período de pesquisa era de somente 10%, enquanto 90% das mulheres e homens de sua vida você iria conhecer provavelmente já depois de casado. Estatisticamente, o homem ou a mulher "ideal" para você aparecerá somente, de fato, depois do casamento, não antes. Isso significa que provavelmente seu "verdadeiro amor" estará no grupo que você ainda não conhece, e não no grupinho de cerca de noventa amigos da adolescência, do qual saiu seu par. E aí, o que fazer? Pedir divórcio, separar-se também dos filhos, só porque deu azar? O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema.

Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essa incerteza, sem a qual ficaríamos todos paralisados à espera de mais informação. Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: "Eu sei que nós dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão em meu futuro.

Não quero ficar morrendo de ciúme cada vez que você conversar com um homem sensual nem ficar preocupado com o futuro de nosso relacionamento. Nem você vai querer ficar preocupada cada vez que eu conversar com uma mulher provocante. Prometo amar você para sempre, para que possamos nos casar e viver em harmonia". Homens e mulheres que conheceram alguém "melhor" e acham agora que cometeram enorme erro quando se casaram com o atual cônjuge esqueceram a premissa básica e o espírito do contrato de casamento.

O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre. Um dia vocês terão filhos e ao colocá-los na cama dirão a mesma frase: que irão amá-los para sempre. Não conheço pais que pensam em trocar os filhos pelos filhos mais comportados do vizinho. Não conheço filho que aceite, de início, a separação dos pais e, quando estes se separam, não sonhe com a reconciliação da família. Nem conheço filho que queira trocar os pais por outros "melhores". Eles aprendem a conviver com os pais que têm.

Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender. Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, ou se fizeram propaganda enganosa, a situação muda, e num próximo artigo falarei sobre esse assunto. Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar o casamento até os 80 anos. Aí, você terá certeza de tudo.












Nota: Não li o outro artigo ao qual ele se refere, então não posso recomendar.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Primeiro jantar dos meus pais aqui em casa

O Marcos estava tirando a foto, haha :)


Cultivando a amizade - Mais boliche e mais amigos!

Deu tão certo  nossa comemoração de 2 meses de casados que resolvemos estender o benefício aos nossos amigos! Sair em grupo é, claro, muito divertido, mas também é interessante porque se pode convidar amigos de diversos grupos e entrosar a todos.




 Comidinhas






Hora de pagar a conta...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A nossa Jornada - Parte I: Hospitalidade

Já passou julho e com julho a jornada. Entretanto, tudo o que vivemos nesses dias dificilmente deixará nossos corações. Decidi, então, fazer algumas postagens para deixar registrados alguns detalhes e aproveitar para fazer algumas pequenas reflexões em cima de alguns temas. Hoje, por exemplo, quero falar sobre a hospitalidade.

A nossa experiência enquanto Família de Acolhida


Nós, que moramos no Rio, sabemos a grande campanha que existiu para conseguir alojamentos e famílias de acolhida para os peregrinos que vieram de outras tantas partes do Brasil e do mundo. Ao mesmo tempo em que é fácil alojar peregrinos, as vezes as coisas se tornam um pouco complicadas. Não é necessário fornecer nenhum tipo de alimentação ou mesmo um quarto propriamente dito. São necessários, em contrapartida, um lugar para dormir(ainda que seja um espaço num corredor onde caiba um saco de dormir) e banheiro. Este é o maior problema, na verdade. 
Gostaríamos de ter hospedado 6 pessoas e tínhamos espaço suficiente para isso - e veja que nem temos uma casa grande para tanto. Vivemos num apartamento comum de dois quartos. O ponto que dificultou foi a questão de banheiros, porque só temos um disponível para uso. Tendo em conta esses dados, ficou definido que receberíamos 3 peregrinos.
Certo dia, porém, fui surpreendida por um amigo do Facebook, o Anthony, o qual me perguntava se poderia receber 5 argentinas que viriam para ser voluntárias, mas que chegariam antes do alojamento dos voluntários estar disponível. Fiquei muito animada, afinal como alguns sabem curso Letras Port/Espanhol na UERJ e seria uma oportunidade única de intercâmbio cultural e prática de conversação. Conversei com o Marcos e tudo ficou acertado!
Las chicas chegaram bem e ficaram no nosso salão de jogos - o quarto em que jogamos as coisas. Explico: Somos recém-casados, então ainda temos presentes em caixas e, pra melhorar a situação, não temos armário ainda. O segundo quarto do apartamento, portanto, se tornou um grande armário sem portas e prateleiras...  Enfim, tentamos organizar as coisas de forma razoável para recebê-las, embora saibamos que mereciam muito mais do que o que pudemos oferecer.
O banheiro foi bem dividido. Fiz uma tabela de horários e assim as coisas ficaram mais fáceis, eu diria. Além disso, também quis ter com elas alguns detalhes de acolhimento para que se sentissem melhor, em casa. Vocês poderão ver o que fizemos nas fotos que eu colocarei mais abaixo ainda neste post.
Nossas hóspedes ficaram conosco da madrugada de sexta pra sábado até segunda feira(antes da semana da JMJ Rio2013), em que seus alojamentos "oficiais" estavam já disponíveis.
Durante a Jornada chegaram nossos peregrinos oficiais, que vieram do interior de São Paulo. Ficamos muito felizes por ter sido úteis na recepção de cada um.

A hospitalidade cristã

Como diria São Josemaria Escrivá, as virtudes humanas compõe o fundamento das sobrenaturais(Amigos de Deus, capítulo 5, ponto 74).  Aquele que é capaz de ser um bom anfitrião, ser hospitaleiro, demonstra ser virtuoso, afinal abre mão de certas comodidades próprias da privacidade para ir ao encontro do outro, para promover aquilo que o Papa Francisco chamou tão acertadamente de ''a cultura do encontro''.
Para os cristãos, a hospitalidade deve ser algo ainda mais exigente. São Bento dedica o capítulo 53 de sua Regra à como deve ocorrer a recepção dos hóspedes nos mosteiros beneditinos. É lógico que nossas casas não são e nem devem ser conventos, mas devemos sempre aproveitar os conselhos daqueles que são mais experimentados que nós na virtude e aplicá-los às exigências do nosso estado matrimonial e à nossa vida laical. Diz a Regra de São Bento no Capítulo 53: Todos os hóspedes que chegarem ao mosteiro sejam recebidos como o Cristo, pois Ele próprio irá dizer: "Fui hóspede e me recebestes". E se dispense a todos a devida honra, principalmente aos irmãos na fé e aos peregrinos. 
Aqui vemos explicitado o caráter evangélico da hospitalidade enquanto uma das chamadas Obras de Misericórdia Corporais.
Vale ressaltar que, embora a hospitalidade a qual nos referimos até aqui se limite a hóspedes com todo o sentido próprio da palavra, não podemos nos esquivar de ser acolhedores e mesmo hospitaleiros com cada um que passa por nossa vida. Não é sempre que teremos a grande oportunidade de receber pessoas em nossa casa, quanto mais desconhecidos. Todavia, sempre teremos cobradores de ônibus a quem dirigir um sorriso e um cordial "bom dia", familiares a quem dirigir um olhar, a atenção e perguntar "como foi seu dia?". Não nos esqueçamos de que ser acolhedor, amoroso, nesses casos, pode ser muito mais difícil do que receber 15 peregrinos em um evento multitudinário e, por isso mesmo, mais meritório.

Com vocês, o salão de jogos!

Da Argentina para o mundo

Parte de dentro da porta da frente




Porta do salão de jogos.









 Nossos presentes - Nuestros regalos!

Foto de despedida

Finalmente, nossos peregrinos nacionais em seu chocolate  não tão quente de boas-vindas!

Presente dos meninos: a Cruz!


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cultivando a amizade - Senhor dos anéis & Anéis de cebola com Gabi e Caio

Esta primeira postagem da série Cultivando a amizade vem em uma data muito oportuna. Hoje nossos amigos Caio e Gabriela comemoram seu primeiro ano juntos. Parabéns pra eles! Ontem os recebemos em nosso doce lar para assistir Senhor dos Anéis - As duas torres em versão estendida. Por sinal, ganhamos esse dvd em um box de nossos padrinhos de casamento, Máslova e Leandro, que se casam no próximo domingo e os quais espero que estejam aqui em alguma próxima postagem. Registro aqui nosso eterno agradecimento pelo presentão!







Gabi é completamente viciada  e já leu todos os livros da série, incluindo O Hobbit, O Silmarillion...enfim. A menina até aprendeu a falar Quenya, uma língua élfica criada pelo gênio Tolkien. Nós também gostamos bastante, não tanto quanto ela, claro, justiça seja feita. A obra é fantástica. Não sei de onde saiu tanta criatividade. Os valores humanos que passa são uma luz no fim do túnel em meio a tanta porcaria sendo disseminada na tv e cinema de modo geral.

Além disso, a essência da história é cristã. Não que seja uma história que fale de religião, não é isso. Contudo, como muitos já sabem Tolkien era católico e construiu um mito cristão. Inconscientemente quando escreveu, mas de forma bem consciente ao editar. Para quem quiser saber mais sobre a relação entro O Senhor dos Anéis e o cristianismo indico: http://blog.veritatis.com.br/index.php/2010/02/24/reflexoes-sobre-o-senhor-dos-aneis/ e http://logosapologetica.com/20-exemplos-de-que-o-senhor-dos-aneis-e-cristao-e-catolico/#axzz2cQaTO8DH, bem como os vídeos do Padre Paulo Ricardo que podem ser encontrados aqui http://www.youtube.com/playlist?list=PL7qRASwmRDsjnp8JGDRjkiG-zs9X3YymR.

Para finalizar, vou brindá-los com a cena do discurso do Sam, uma das preferidas do Marcos, senão a preferida.



P.s. Antes que me perguntem, comprei os onion rings, ou anéis de cebola, congelados. Não, não tenho a receita. Vamos dar um desconto para a recém-casada que ainda está descobrindo a cozinha, sim? :P

Cultivando a amizade

Decidi começar uma série de postagens intitulada "Cultivando a amizade". Funcionará da seguinte maneira: Aqui irei postando as coisas legais que fizemos com nossos amigos e, se for o caso, indicando filmes, passeios, receitas, etc.. Dessa maneira o leitor poderá também se animar e pegar algumas ideias para colocar em prática.

Hoje em dia, na sociedade imediatista que vivemos, se perde a cada vez mais o bom e velho costume de cultivar amizades. Antigamente, era comum que famílias e amigos visitassem uns aos outros, trocassem presentes, enviassem cartões de agradecimento, enfim... Hoje, não. As pessoas tem certa dificuldade em manter as amizades, de modo geral.

Por exemplo, ao terminar o colégio ou a faculdade, quando acaba o convívio diário com um determinado grupo de amigos que esteve junto há tanto tempo, se não era comum que se marcar reuniões fora do ambiente escolar/acadêmico, continuará - na maioria dos casos - não sendo comum e  cada vez mais se irá perdendo o contato, as relações irão esfriando, até que só se falem por facebook, e de vez em quando.

Além disso, muitos que costumam sair com amigos, tem também a dificuldade de convidá-los para a pró própria casa. Acredito que aí haja um problema. Por que não inserir os amigos, que são a família que escolhemos, no nosso próprio contexto familiar? As escusas podem ser muitas. Talvez porque, no caso dos adolescentes, se tenha vergonha dos pais, ou mesmo não se tenha criatividade de montar um programa bacana e seja mais fácil "terceirizar o processo" indo a pizzarias, cinemas e afins.

Não que seja ruim sair - de fato, fora de casa - com os amigos. Pelo contrário, é ótimo! Fazemos isso e vocês verão nas postagens. Mas, há pessoas que só fazem isso. Sempre! Ora, a relação que se deve ter com o lar é muito íntima. Trazer os amigos para casa ajuda a fortalecer os laços de confiança e intimidade entre os envolvidos, trazer o amigo ao lar é como trazê-lo mais para perto do coração.

Que tal convidar aquele amigo que você não vê há tanto tempo ou mesmo aquele que você vê sempre, mas nunca ou quase nunca foi a sua casa?


Na foto, meu marido Marcos e seus amigos em nosso casamento.


domingo, 4 de agosto de 2013

Aniversário quase surpresa do Marcos

Pois é. Tentei fazer uma festa surpresa e, como podem ver pelo título, não deu muito certo. Meu marido completou 29 anos no mês passado e eu lhe disse que me encontrasse na paróquia que há perto de nossa casa, onde eu assistiria à Missa nesse dia. A ideia seria chegarmos juntos a casa, já que, enquanto eu estivesse fora, minha mãe estaria aqui terminando de ajeitar algumas coisas.
Seria estranho que ele chegasse aqui antes de mim e visse tudo - o bolo, a pequena decoração que montamos... - antes de começar, certo? Principalmente se, além da minha mãe, já estivessem aqui também a minha sogra e cunhados. Foi o que aconteceu.
Ele acabou chegando antes do previsto e resolveu vir pra casa antes de me buscar. Bem, não choremos pelo leite derramado. De alguma forma ele foi surpreendido, principalmente pelos amigos que nos visitaram. Muitos! Nem eu esperava que tantos viessem prestigiar nossa pequena reunião em plena quarta a noite.
A parte mais trabalhosa de organizar nesse dia foi convencer o marido de que ele podia deixar suas ocupações para depois. Quero dizer, ele tinha algumas coisas a resolver e, por isso, não queria ir comer um cachorro quente comigo. Convenci-o a ao menos ir me buscar, já que nesse dia estaríamos comemorando dois anos desde a primeira vez que seus olhares me encontraram. Não lhe dei parabéns ao longo de tooodo o dia. Seu aniversário não foi sequer mencionado! Bem, até a festa, é claro.
Como eu descobri que ele tinha descoberto a festa? Ele me perguntou se eu lhe tinha preparado alguma surpresa, me fiz de desentendida e disse que sim, que minha mãe lhe tinha passado uma blusa(minha mãe passa roupas com uma maestria absurda). Foi  aí que ele me disse que ela lhe queria passar outra. Ora, pensei eu, se eles se falaram nesses termos, é porque ele esteve em casa antes de mim! Bem, o resto vocês já podem imaginar...
Confiram as fotos :)


 Aqui, os irmãos do Marcos, Paulo e Lu, e minha sogra


 Marcos com Máslova e seu noivo Leandro, Marina e LG, também recém casados

Minha mããããe!


 A razão de tudo: esse sorriso!


:)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Enfim, casamos!

Chegou o grande dia e estamos muito felizes aproveitando este início da vida de casados.
Ainda não recebemos o cd com as fotos oficiais, mas vou compartilhar com vocês o gostinho delas, que nos foi dado por nosso fotógrafo, o Jhow Lourenço.
Além disso, seguem mais algumas fotografadas pelo Ricardo Miyashita, grande amigo do Marcos. A ele e a toda a equipe do Jhow, nossos sinceros agradecimentos!